O palco de um teatro abandonado e as ruas de São Paulo são o cenário de “Teatro BR“, filme dirigido por Alonso Barros, com roteiro assinado pelo diretor e pelo escritor Vitor Rocha, e Direção Musical de Carlos Bauzys. A narrativa do média-metragem leva o espectador pela cidade de São Paulo, mostrando a jornada de três companheiros de palco, de coração e vida (Paulo, Miguel e Sara) marcados por uma separação traumática que terá consequências 25 anos depois. Com músicas de Chico Buarque, Edu Lobo, Stephen Sondheim e Jerry Herman, “Teatro BR” estreia em formato on-line e gratuito no dia 30 de novembro às 20h.
O passado pintado em uma moldura preto e branca onde memórias invadem a realidade, e muda a história destes três personagens. Este foi o mote para a primeira criação audiovisual do diretor e coreógrafo Alonso Barros, que em “Teatro BR” usa a linguagem de um filme musical para contar a história de Paulo, Miguel e Sara. Representados por Jarbas Homem de Mello, Ruben Gabira e Totia Meirelles, respectivamente. O mesmo trio, 25 anos antes, é interpretado pelos atores André Torquato, Renato Belini e Nay Fernandes, respectivamente, que compartilham as cenas também com um grande elenco de rostos conhecidos da cena do teatro musical como Carol Costa, Vanessa Mello, Marcelo Vasquez, Thiago Dias e Lucas Nunes.
Em encontros que misturam lembranças e retomam embates, os protagonistas trafegam na música, texto e dança. A atmosfera é embalada por canções como “I´m Still Here” / “Estou Aqui” (Música e Letra: Stephen Sondheim / Versão: Claudio Botelho); We Are What We Are ( Música e Letra : Jerry Herman/ Versão : Miguel Falabella) e “O Meu Amor” (Música e Letra: Chico Buarque de Holanda) entre outras, todas com arranjo e direção musical de Carlos Bauzys e uma orquestra de 17 músicos.
“Desde o início do projeto o objetivo era gravar toda a trilha com uma orquestra de 17 músicos porque o material assim pedia. Eu quis usar a linguagem musical para entreter mas também desconstruir a sua estrutura, para expor problemas reais que vivemos no país como preconceito, velhice e crimes de ódio. Tudo isso com colaboração do Vitor Rocha”, comenta Alonso Barros sobre as temáticas abordadas no filme. “No teatro a máscara cai, enfrenta-se o passado. O teatro seduz para depois escancarar a verdade que vivemos fora dele . E no palco que o sonho se realiza e se desfaz”, conclui o diretor .
A realização deste projeto partiu da iniciativa de Alonso Barros , Guilherme Logullo, Fefa Moreira e Carlos Bauzys de fazer um audiovisual primeiramente para ajudar a classe artística durante a Pandemia num formato de concerto. Com o passar do tempo o projeto pegou outro rumo, a vontade de contar uma história relevante em um musical.